domingo, 20 de agosto de 2017

Reflexões pós-violência urbana

Dia 01/agosto, saí do hospital onde passei a tarde com meus pais. Meu pai estava fazendo um tratamento e minha mãe, acompanhando-o. Na saída, disse à minha mãe que achava que ía ser assaltada e que então deixaria o computador no chão do carro, assim o ladrão levaria somente minha bolsa. Mal sabia eu...
Fui para a casa dos meus pais, onde meus filhos estavam me aguardando sendo cuidados pela D. Rose, que sempre nos ajuda com eles quando temos algo além do normal. Estava chegando, uns 3 quarteirões antes quando liguei e pedi para que eles descessem. Cheguei em frente ao endereço e encostei o carro, como faço sempre quando venho pegá-los. 
Nesse momento, fui abordada por um rapaz, que "gentilmente" me mostrou a arma. Demorei alguns segundos pra entender o que era. Entendi que ele queria o celular, abri o vidro, entreguei o celular, olhando para o outro lado (fiquei com medo de olhar pra ele e isso incomodá-lo). Foi quando ele disse: "abre, senão vou dar um tiro na sua cabeça", apontando a arma para mim. Larguei o celular e desci do carro. Ele me perguntou se tinha dinheiro na bolsa e eu disse que sim, mas que não queria a bolsa, queria apenas meu computador que estava no banco detrás. Ele fez um movimento para pegá-lo e nesse momento, ouvi a voz dos meninos conversando e vindo na minha direção. Não podia arriscar e deixá-los chegar perto, então falei alto: "fica aí, não venham". Rapidamente, eles pararam, sem entender bem o que estava acontecendo e viram, assim como eu, o rapaz, indo embora com tudo: carro, celular, computador, documentos, livros, suporte de bicicleta, gps, pen drive, material de aula, crachá de chaves do trabalho, carteirinha do SUS, convênio médico... e tudo o mais que nós que usamos o carro diariamente, carregamos dentro dele, além daquilo que carregamos conosco.
Entrei com os meninos e tentei ligar pro Luciano ainda da portaria, mas não consegui. Subi pro apartamento dos meus pais e daí consegui falar com ele, tentei acalmar os meninos que estavam assustados e liguei pra polícia. Demorei uns 20 minutos para conseguir dar todas as informações que a atendente do 190 pedia. Lembrei, quase que por um milagre, do número do celular da minha irmã (não sei vc, mas com essa coisa de ligação com apenas um clique no nome, não sei mais o telefone de ninguém) e pedi a ela que me ajudasse a saber o que fazer primeiro, peguei o número do banco para cancelar os cartões e tal. Depois, pedi a ela que viesse pegar os meninos porque eu certamente não queria que eles fossem comigo a delegacia. Ela veio! Apoio fundamental! Obrigada! 
Luciano ligou de novo e lembrou do rasteamento do celular. Localizei e ligamos para a polícia que prontamente me respondeu que só poderia fazer algo se eu estivesse dentro do carro ou vendo o carro, senão, o chamado já havia sido feito e eles não fariam outro procedimento.
Pelo FB, pedi contatos dos amigos policiais. Não podia ficar esperando o Lu chegar para pegar os contatos que tínhamos. Consegui alguns contatos, deletei a msg e fui seguindo as orientações. 
Assim que o celular parou de se movimentar, percebemos que eles estavam a poucos quilômetros de uma delegacia. Luciano ligou lá e ouviu do policial de plantão que não parecia coerente ele fechar a delegacia (estava ele e mais 1) para atender um chamado como o nosso. Na outra delegacia para onde ligamos, disseram que enviariam uma viatura imediatamente. Não tivemos nenhum tipo de retorno.
Fui a uma delegacia, fiz o BO e voltei pra casa, esgotada, triste, mas grata a Deus por ter preservado a mim e aos meninos. Tenho que dizer que lá na delegacia tive a "sorte" de ter feito tudo em 2h aproximadamente...
No dia seguinte, fui trabalhar. Não adiantava ficar em casa, chorando e lamentando. Tinha que trabalhar, inclusive para ganhar $ e comprar as coisas que me levaram né? Também queria mostrar aos meninos que de alguma maneira, a vida continua até porque o mais importante, ainda tínhamos, a vida! 
Mas o mundo parecia estar em câmera lenta. Eu estava em câmera lenta, parecia anestesiada. Mas cumpri com todas minhas obrigações. Tentamos levar nossa vida normalmente, apesar do susto.

Queria que a história acabasse por aí e que eu não tivesse me sentido "violentada" de novo, nesse processo pós-assalto, mas não foi assim.
Primeiro, que quando fui refazer meus documentos, tive que pagar por tudo. Alguém me disse que há uma lei que me "livraria" de pagar as taxas, mas essa opção não aparece no site do Poupatempo quando vamos marcar os horários e nem lá na hora. Ninguém solicitou ou quis ver o BO. Foram quase R$ 200,00 só de documentos.
Quando fui comunicar a seguradora do carro, a primeira coisa que me solicitaram foi uma cópia dos meus documentos. Comuniquei que haviam sido roubados mas que eu havia mandado tudo quando renovei o seguro, portanto, eles tinham tudo atualizado. Então, solicitaram somente o BO e então eu teria que esperar 5 dias úteis e só daí, eles me enviariam uma lista de documentos para que eu separasse e enviasse para dar entrada no sinistro. Detalhe: depois de entregue os documentos, eles teriam mais 5 dias para dar uma resposta e mais um tantão de dias para fazerem o pagamento (no total, prazo de 30 dias). A "boa" notícia é que eles me dariam um carro extra TOTALMENTE GRÁTIS até a decisão do sinistro (quanta bondade!).
Também tive (e ainda tenho) que lidar como susto/medo dos meninos que andam na rua, muito assustados, achando que todo mundo vai nos assaltar ou nos fazer algum mal. Quando andamos na rua, ainda que a pé, eles ficam o tempo todo, olhando ao redor, receosos... Eu também fico esgotada quando estou na rua. Parece que o radar está ligado o tempo todo. E como isso cansa. Essa sensação de insegurança, de vulnerabilidade...
Ouvi muitas vezes, comentários que indicavam que eu não devia andar com tantos documentos ou mesmo com o computador. Era quase como se a culpa fosse minha, que eu tivesse atraído o assalto, provocado...
E por último, para nossa surpresa, nos deparamos com muita gente incapaz de se indignar com a violência. Era quase se ouvíssemos o tempo todo "que sorte que não fizeram nada com vcs".  Reconhecemos que podia ser pior, mas fizeram algo conosco!!! Não fomos feridos fisicamente, mas emocionalmente, financeiramente... As pessoas agem como se fosse tão normal que nem se indignam mais. Não, não é normal! Pode ser comum, pode ser frequente! Mas não é normal, nem pode ser.

Hoje, depois de 20 dias, não temos notícia do carro e nem de nenhum dos pertences. Em menos de 12h, meu celular já estava na praça da Sé e depois foi "desvinculado" da minha conta, assim como o computador. Da perspectiva humana, quando completou 24h, já não tínhamos mais esperança. 

Mas nem tudo foi ruim. Recebemos apoio incondicional e fundamental da família. Algumas pessoas, nos surpreenderam com seu carinho e acolhimento. Alguns até se ofereceram para ajudar com $ para repor as coisas roubadas. Muito outros, oraram por nós. Ligaram, mandaram mensagem. Somos gratos pelo carinho desses.

O que aprendemos? Nada de novo: que vida vale mais que tudo, que Deus é quem cuida, que nós não temos controle sobre nada apesar de acharmos que tudo está "sob controle", que vivemos um tempo de acomodação social, que alguns de nós perdeu a capacidade de sentir a dor do outro e que as autoridades pouco olham pra nós.

O que faremos daqui pra frente? Nada de diferente: trabalharemos, com responsabilidade cumpriremos nossas atividades, ensinaremos nossos filhos sobre justiça e injustiça, sobre providência e cuidado de Deus, sobre amizade e não-conformismo.  

Pensando bem, tem uma diferença sim. Uma marca: a da violência urbana. E dela, peço a Deus que trate/cure, que o tempo ajude a amenizar e nos ajude a ser mais responsáveis nas próximas eleições e no dia-a-dia da nossa cidade, exigindo de nossos representantes que cumpram fielmente suas obrigações.




quarta-feira, 17 de maio de 2017

1 ano depois...

Hoje, completei 1 ano de cirurgia bariátrica.

O resultado é visível: são 46 quilos a menos (no total do tratamento foram 54 e do máximo que já pesei, 58).  Outra mudança foi meu cabelo... kkkkk.... os cachos agora, fazem minha cabeça! E não, eu não fazia nenhum tipo de alisamento! kkkkk

Tenho atualmente 23% de gordura corporal (já no índice esperado), faltando 3 ou 4 quilos para chegar na meta inicial. E sem exercícios físicos (proibidos por hora para tratamento fisioterapêutico), ficou mais difícil perder.

Mas parte do resultado, é "invisível": glicose, colesterol e triglicérides normais (após 1 ano, tenho que refazer os exames, daí atualizo vcs), nenhuma pedra no rim, sem cálcio na urina, sem medicação (diurético, metformina, sinvastatina, etc), apenas complexos vitamínicos, ansiedade controlada, sono com maior qualidade... aliás, qualidade é a palavra-chave: qualidade de vida!

Tenho mais ânimo e disposição. Aprendi a dizer "não".  Não engulo mais tantos "sapos"; quando muito, alguns pequenos "girinos" (quem nunca?😒). 

Se foi difícil? Não posso dizer que sofri, mas também não posso dizer que não senti nenhuma diferença. Mas os benefícios foram tão concretos e impactantes que não tenho nenhuma lembrança ruim, trauma ou algo do tipo. 

A diferença está mais na cabeça: assumi a obesidade como uma doença crônica. Quando vc sofre com a obesidade, não podemos dizer que "saramos": tipo alcoolismo, sabe? Um dia de cada vez, atenção sempre, não baixar a guarda. Para isso o tratamento psicológico é essencial! Após 1 ano, sigo em acompanhamento.

Outra coisa importante é a orientação nutricional; sem ela, impossível identificar caminhos alternativos para a dieta, receber instruções e informações imprescindíveis. Após 1 ano, sigo em acompanhamento também.  É claro que nesse sentido, as escolhas do que comer, fazem muita diferença e quase "ouço" a Dyandra falando... kkkkk

E claro, a eficiência e cuidado do meu médico, Dr. Fabio, sempre a disposição e atencioso! Fantástico!

Enfim, estou muito feliz! Só posso dizer, parabéns pra mim! 🎉🎉🎉

OBS - algumas coisas nunca mudam: o sorriso, continua o mesmo! 😁

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Respondendo perguntas - Medo de engordar - parte 4

Essa pergunta não foi feita por ninguém especificamente mas, ao mesmo tempo, talvez seja feita por todo mundo, ao mesmo tempo e tem relação com o tema "voltar a engordar".

A pergunta mais objetiva que nós, "os operados", fazemos com muita frequência é essa: "será que vamos engordar de novo?" E o pior é que a resposta não é tão simples assim.

Segundo o site da clínica em que fui operada:  "Talvez 10% dos pacientes operados tenham uma reengorda parcial, que pode ocorrer alguns anos após a cirurgia. Esses casos são muito complexos e envolvem muitos fatores diferentes como, por exemplo: problemas psicológicos, compulsão por doces e sedentarismo. O tratamento inicial é sempre com a Nutricionista e com a Psicóloga." (Clínica Franco e Rizzi). Recentemente, o programa Bem-Estar da Rede Globo também tratou sobre o assunto (veja o vídeo em Programa Bem-Estar ).

Parece simples né? "Cuide do seu 'psicológico' e tudo vai dar certo" - essa parece a msg que nos transmitem. E vejam só, "tudo vai dar certo" significa, pra maioria das pessoas, que vc não vai mais engordar. Mas quem garante?

Então, vamos lá! Objetivamente, o fato é que nenhum de nós consegue garantir que não engordará mais. No meu caso, por exemplo, sigo rigorosamente todas as instruções que recebi do médico e da equipe que me acompanha (nutricionista e psicóloga). Acredito que não posso fazer uma intervenção tão profunda e complexa e simplesmente, não ser dedicada no pós-operatório. Uma coisa que sempre passou pela minha cabeça foi que ao final, quero ter a convicção de que fiz tudo o que precisava fazer. 

Segundo, que a sensação de emagrecer após a cirurgia é fantástica! Imagine que alguém tentou a vida inteira uma coisa e nunca conseguiu. De repente, consegue! É impressionante e funciona como uma força motivadora ainda maior para seguir corretamente as instruções. Assim foi comigo! 

Porém é preciso dizer, que alguns já se perdem aqui: por que não comer umas coisinhas diferentes se vou emagrecer de qquer jeito? Esse é o pensamento de alguns, infelizmente. Isso não aconteceu comigo por uma razão simples, eu acho: eu tinha (tenho) medo de passar mal (o famoso "dumping"). Eu nunca tive uma crise de dumping de verdade, completa: taquicardia, suador, sensação de desmaio, tontura... e morro de medo de ter! Então, isso me motivou mais ainda a ser radical no pós-cirúrgico, especialmente nos primeiros 6 meses.Aos poucos, vamos nos adaptando e até mesmo arriscando comer uma coisinha ou outra, mas o "medo de passar mal", não me deixa abusar. Isso é bom!

Após quase 11 meses de cirurgia, já tenho uma alimentação "normal", ou seja, não há nada que eu não possa comer, nada proibitivo. Contudo, há sempre escolhas para fazer e aí está a parte difícil. Por exemplo, faço pequenos lanches a cada 2 ou 3 horas. O mais fácil e prático para mim é levar bolachinhas integrais. Mas isso é um problema porque é só carboidrato. Então tenho que variar as bolachinhas, com castanhas (mix de castanhas, amendoim e passas), frutas, iogurte, queijo, frutas secas... Parece fácil mas isso exige planejamento (precisamos ir ao mercado com mais frequência, separar "cardápios" diferentes diariamente, etc) e disciplina, além de determinação e até força de vontade (passar em frente a vitrines esfumaçantes, suportar cheiros deliciosos, etc).

Outra coisa muito importante é a atividade física. Senti a diferença depois de ter parado para fazer a fisioterapia. Perder peso foi mais difícil (tudo bem que nesse finalzinho, faltando apenas 5 kg pra meta, parece que fica mais difícil mesmo), voltei a inchar (retenção de líquido), a ansiedade aumentou (sabe aquela coisa de "descarregar" as emoções no exercício? então, funciona!)... 

Por enquanto, não sinto fome. Mas nunca deixei de sentir vontade de comer. E com isso tenho que lidar para sempre!

Conheço muita gente que fez algum tipo de cirurgia para emagrecimento. Conheço operados que se deram muito bem. Conheço operados que voltaram a engordar. Conheço operados que mantiveram um peso muito bom. Conheço operados que vivem de dieta para não voltar a engordar. Conheço operados que estão planejando uma nova intervenção cirúrgica. Conheço GENTE! É obvio: conheço gente que engorda e emagrece, que é feliz e triste, que viaja ou não, que trabalha ou não, que estuda ou não. E nós, os operados, também somos assim. 

Se tenho medo de engordar? Tenho sim! Medo de adoecer com a obesidade de novo. Medo de ter dificuldades de locomoção de novo. Medo de voltar a ser "a gorda" que tem que ser legal de novo...
Mas estou na luta, para manter-me saudável, ativa e íntegra. 

Quer me ajudar? Vamos juntos! Ore por mim! Caminhe comigo! 

E vc, quer fazer alguma pergunta???

obs: já clicou lá em cima no botão "SEGUIR"??? 😁

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Respondendo as perguntas - parte 3 - Meus filhos

A última pergunta que a Dani Frozi me fez foi: "Antes vc era mais ligada na criação dos filhos? Como eles percebem você? Eles te amavam pelo que era e não seu corpo. Algo em vc mudou e como eles a percebem?"

Talvez essa seja uma das perguntas mais difíceis de responder porque além de uma autoavaliação, ainda tenho que perceber com um olhar "crítico e avaliativo" os meus filhos. Mas vamos lá que vale a pena tentar...

Se vc acompanha o blog, sabe que tratei com muito cuidado a maneira como eles receberiam a informação da cirurgia e afins. Acho que foi um cuidado importante e bem sucedido.

Alguns meses depois da cirurgia, o Samuel me perguntou se a cirurgia que eu tinha feito tinha alguma relação com emagrecer. Respondi que sim e perguntei porque ele estava perguntando. E ele com simplicidade respondeu, aliviado, que achou que eu estava com câncer porque eu estava emagrecendo e perdendo o cabelo e alguém (ele não soube precisar quem) disse que quem emagrece muito e perde cabelo, tem câncer. Tadinho... imagina o quanto sofreu com essa possibilidade!😞 Expliquei então, com mais objetividade o que era a cirurgia que eu tinha feito e porque estava emagrecendo e perdendo cabelo. Ele entendeu e disse: "ufa... q bom!" O Thiago ouviu tudo e disse: "câncer? nossa! ainda bem que você tá bem né mamãe?!" Fofos!😍

Sempre me preocupei e me ocupei com a educação dos meninos. Eu e o Luciano sempre conversamos a respeito, pensamos em estratégias. Erramos muito, acertamos algumas vezes. Sofremos e ficamos sem saber o que fazer em muitas situações. Em outras tantas, nos orgulhamos do que eles fizeram, das escolhas que tiveram! Mas ouvindo pessoas mais experientes, lendo (livros e principalmente a Bíblia) e orando, temos trabalhado para educar os meninos para que se tornem homens cristãos, íntegros, trabalhadores, afetuosos, alegres... 

O que mudou após a cirurgia é que percebo que como tenho mais disposição, consigo estar atenta a mais coisas, a mais detalhes e portanto, cuidar de mais aspectos da educação deles. Mas o que sempre me preocupa é o coração deles. Me preocupo mais com o coração do que com o comportamento já que entendo que este último é reflexo do primeiro. Mas esse é assunto pra outro dia.

A percepção deles sobre minha mudança física é clara: eles brincam que agora eu não tenho mais "barrigão"; que agora sou "magrinha" mas que continuo "fofinha"; me abraçam e beijam sempre. Também percebem que tenho mais disposição pra fazer as coisas, que durmo menos pelos cantos, que me exercito com mais frequência, que me alimento em menores quantidades e mais vezes. 

É óbvio que minha mudança alimentar os afetou já que eles também passaram a comer mais adequada e equilibradamente. Agora implico mais para que o Thiago coma verduras e legumes e menos doces, por exemplo. Já o Samuel, come verduras e legumes que é invejável! Mas é uma briga pra tomar leite! Enfim, nada de sossego... kkkk

Logo após a cirurgia, fiquei mais irritada e eles perceberam a irritação, mas nunca a relacionaram com a cirurgia. Também sempre fui muito clara com eles com relação a irritação a ponto de dizer "vai pro quarto e espera que quando eu me acalmar, vou lá pra conversarmos". Eles precisam entender que nem sempre estamos bem, que as vezes precisamos de tempo para respirar e acalmar... e que isso vale pra eles também!

Mas acho que a principal mudança é a qualidade do tempo com eles. Apesar de estar trabalhando mais do que antes, todo o tempo que eu tinha com eles, eu estava tão cansada e sonolenta que dormia sentada! Agora, não!!! Consigo brincar, jogar, pular, dançar, correr, ver filme, acompanhar os estudos... 

Acho também que o nível de exigência mudou: acho que estou mais exigente até. Mas na verdade, uma exigência que agora oferece companhia para caminhar, juntos, passo a passo, lado a lado! E isso é infinitamente melhor do que simplesmente exigir e ficar olhando, sem participar, sem acompanhar...

Quero muito que meus meninos sejam meus amigos! Mas entendo que para isso, preciso ser uma boa MÃE agora. Só se eu for uma mãe agora, poderei colher o fruto da amizade deles, no "agora" e no futuro. Que Deus assim me ajude!

segunda-feira, 13 de março de 2017

Respondendo a perguntas - parte 2 (relação com os outros)

A segunda pergunta da Dani foi "Vc acredita que muda a relação com as pessoas?". (se vc não sabe porque estou respondendo perguntas, olhe a postagem anterior)
Confesso que para responder essa pergunta, eu precisaria de uns 10 posts. Mas vou tentar resumir.

A resposta objetiva: MUDA. Agora vou explicar...

Muda sim, Dani e amigos. Muita gente (muita gente mesmo) não entende o processo da obesidade como doença e acha que o único efeito da cirurgia bariátrica é emagrecer. Não vou dizer que esse é o menor dos efeitos porque em "peso", ele "pesa" bastante... risos... Mas há tantos outros efeitos/consequências que fica até difícil de enumerar.

Por que muda? Acho que já respondi parte disso na postagem anterior, mas vamos lá. 

Muda porque eu mudei e portanto, não dá pra manter o mesmo "ritmo", digamos assim.
Muda porque precisava ter tempo para mim e isso implicava em menos tempo para os outros. 
Muda porque passamos a não engolir alguns sapos. Os "girinos" continuo a engolir (quem não faz isso?), mas descobri que os sapos são intragáveis e só são digeridos com muita comida. Como não consigo mais comer muito, então eles não descem mais.
Muda porque passei a me olhar e me respeitar mais, a entender meus limites e mostrar pras pessoas que também os tenho e que vou respeitá-los.
Muda porque aprendi a dizer NÃO e decididamente, as pessoas não gostam disso.
Muda porque aprendi a dizer ESPERA e as pessoas ficam impacientes.
Muda porque as pessoas gostavam da "Paula, gorda legal"... mas tem dificuldade com a minha verdadeira versão.
Muda porque agora eu também não preciso ser legal o tempo todo! O pensamento do obeso, inconscientemente,  é muito assim: "preciso ser pelo menos legal, porque já estou muito fora do padrão". Aí, vc pensa que isso é besteira! Mas no seu dia-a-dia, é exatamente assim que age com o obeso.
Muda porque as pessoas se acomodam as situações e aos outros e quando algo muda, isso torna as situações desconfortáveis. Viva as teorias sistêmicas!
Muda porque precisei cuidar de mim e descobri que muita gente que era cuidada por mim, não tinha/tem disposição/disponibilidade para cuidar de mim. Essa foi a parte que mais doeu... em muitas situações me senti descartada, porque já não servia mais para cuidar, então havia o afastamento... doía!
Mas hj, reconheço que isso foi uma "benção" porque assim reconheço com maior clareza quem são os verdadeiros, os leais e os "concretos" (em oposição aos "líquidos"... alguns entenderão!).

Tem uma música que tem feito muito sentido nesse processo: 

"Eu ainda estou aqui
Perdido em mil versões
Irreais de mim
Estou aqui por trás de todo o caos
Em que a vida se fez

Tenta me reconhecer no temporal
Me espera
Tenta não se acostumar
Eu volto já
Me espera

Eu que tanto me perdi
Em sãs desilusões ideais de mim
Não me esqueci
De quem eu sou..." 


E termino com um outro trecho que tem feito muito mais sentido: "é sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações..." (Ana Vilela - in: Trem-Bala) 

 

sexta-feira, 3 de março de 2017

Respondendo a perguntas - parte 1 (sobre meu tempo comigo mesma)

Hoje, inauguro um novo espaço no blog. Começo a responder perguntas específicas que me foram feitas durante esse período. Se vc tem alguma pergunta, pode mandar por aqui, e-mail, WhatsApp, sinal de fumaça... 
Além disso, não deixe de clicar no botão para "seguir" o blog tá?

A primeira pergunta que vou responder (ou tentar) é de uma amiga muito querida, Daniela Frozi. Conheci a Dani há anos, quando trabalhos juntas na ABUB. Hoje, ela é pesquisadora que estuda a obesidade (ela é nutricionista e faz seu pós-doutorado estudando a obesidade em mulheres de baixa renda). 

A Dani me fez umas perguntinhas em dezembro e, com sua autorização, começarei a respondê-las publicamente hoje. E a primeira pergunta da lista não foi exatamente uma pergunta, rs. Ela escreveu: "sinto falta de vc falar sobre seu tempo com vc! A obesidade tem uma relação forte com o modo de vida. Precisamos entender o que acontecia antes além de agora." Então lá vai!

Pois é, gente, pelo que tenho visto e ouvido, parece haver um padrão de comportamento muito semelhante entre os obesos: não cuidar de si mesmo! Os argumentos/desculpas para isso são muito parecidos também: falta de tempo e/ou priorizar o outro.  Mas pra não ficar falando dos outros, falarei da minha experiência.

Quem me conhece um pouco mais de perto, sabe que sempre me dediquei muito a cuidar dos outros. Em todos os lugares por onde passei e estive, sempre fui aquela que ouvia e ajudava os outros. Me dediquei a isso com intensidade e dedicação máxima. Se vc precisasse de mim, eu estaria lá, não importava a que custo fosse. Isso sempre acontecia em, talvez, 90% das vezes (pelo menos, a partir da minha perspectiva das coisas). Quando não era assim, era porque não tinha dependido de mim, ou seja, aqueles fatores que extrapolam o nosso controle, me "atrapalhavam" e eu não conseguia estar, como tinha dito que estaria. Quando isso acontecia, eu ficava mal! Não gostava de falhar com os outros (não gosto ainda, mas...)!
Isso era quase uma obsessão a ponto de que nos últimos anos, eu ía pra igreja para os cultos e atividades com uma "agenda" de atendimentos para fazer (obs: não faço terapia com gente conhecida, então só uso a expressão atendimento, por força do hábito. Ou seja, eram somente encontros para um bate-papo). Até mesmo os jantares com amigos, tinham uma conversa/compartilhar/ajuda programada. Na universidade, também não era diferente...
As coisas chegaram num nível desastroso para mim: eu tinha uma agenda com compromissos agendados com mais de 1 ano de antecedência, todos os finais de semana com agenda completa (compromissos em todos os períodos no sábado, e as vezes no domingo) e não tinha hora nem pra ir ao mercado, ou comprar um presente, roupa, etc. Cozinhar era luxo; não dava tempo... e quando tinha tempo, não tinha disposição ou faltavam ingredientes. Não sei se entendem isso, mas era tipo assim: se vc me convidasse pra tomar um sorvete na esquina, eu provavelmente não poderia porque já tinha um compromisso agendado com x meses de antecedência. Muitas refeições eram feitas enquanto discutíamos problemas à serem resolvidos.
Quando decidi operar e comecei os acompanhamentos, tanto o Dr Fabio (gastro) quanto a Rosalia (psicóloga) já tinham me dito pra puxar o freio de mão. Comecei a recusar convites pra palestras, adiar compromissos, mas ainda estava numa "vida louca".
No pós-cirúrgico, um dia estava discutindo com a Dyandra (nutri) sobre a dieta e ela me sugeriu algumas coisas e eu disse que era complicado porque demandaria um tempo de preparo que eu não tinha. Ela sinalizou que algo estava errado. Saí da consulta com ela e fui encontrar a Rosalia (sempre vejo as 2 no mesmo dia, na sequência). Daí, tomei um "esculacho", no bom sentido! Basicamente, o que ouvi foi: se vc não cuidar de vc, todo esses esforço terá sido em vão porque vc não mudou seu estilo de vida. Saí de lá incomodada mas me "defendendo" e pensando que não era bem assim... comentei com o Lu e ele disse que elas estavam certas e que eu só tinha operado e não tinha mudado mais nada. Comecei a chorar! "Puxa! Será que ninguém via meu esforço para mudar???" Mas por dentro, meu choro era porque eu sabia que eles tinham razão.
Conversei mais com o Lu sobre isso, com meus pais e decidi que teria que parar com alguma das atividades que eu fazia.  Muitas das atividades eram na igreja, eu estava tentando o doutorado, fazia pós-graduação a distância, trabalhava... tinha que parar com algumas dessas coisas. Foi muito sofrido escolher o que e como!
Cheguei a conclusão mais óbvia possível: não dava pra entrar num procedimento cirúrgico radical como o que fiz e manter o resto igual. Eu sou obesa (sim, igual os dependentes químicos e afins) e precisava atentar para todas as coisas que tinham implicações nisso para no futuro não olhar pra trás e pensar que devia ter feito algo que não fiz. Não tinha essa opção! Eu já tinha operado e agora, estava disposta a fazer TUDO o que precisasse para que desse certo. Sim, porque não é só operar: tem que mudar hábito alimentar, tem que fazer atividade física, tem que mudar rotina, tem que mudar a cabeça, tem que mudar o estilo de vida...
Conversei com o pastor Sergio que prontamente entendeu a situação e me apoiou. Além das atividades na igreja que eu liderava ou auxiliava, reorganizei a minha vida e decidi que durante esse período, o Lu cuidaria da minha agenda. Quem conhece nós 2, entende bem as implicações disso... kkkkkkk

O resultado foi excelente! Passei a ter tempo para cuidar de mim, para minhas atividades físicas, voltei a cozinhar, cultivei uma horta em casa, comecei a cuidar das minhas plantas, consegui organizar a casa, os brinquedos dos meninos... enfim...  
Passei a ter mais tempo com minha família, a dedicar-me mais aos meninos e ao Lu, a cuidar melhor deles e ter até tempo para fazer agrados (ver filme/desenho, cozinhar coisas que eles gostam...)
E mais! Passei a ter tempo pra mim: de fazer minha unha (sim, eu mesma faço), de ir ao cabeleireiro com mais frequência, voltei a ler (paixão quase abandonada porque o sono/cansaço não me deixava forças para ler), tocar violão (sim, até cantava junto... 🙉), ...

Agora, o que quero que percebam, é que esse padrão de comportamento de "vida louca", de agenda cheia, não era de agora! Sempre foi assim! Só foi se intensificando... sem limites... sem fim!


Acho que muita gente não entendeu essa decisão de mudar a agenda. Mas isso fica pra outro post...




quarta-feira, 1 de março de 2017

Mais antes e depois

Oi gente!
Seguem 2 sequências de fotos no melhor estilo "antes-e-depois".
Divirtam-se! 😉

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Os 40 chegaram: os exames clínicos!

Pois é... e chegaram com força total! kkkkk... mas como já disse, os exames clínicos tem indicado que a Paula "quarentona" está mais em forma do que antes.

Queria dividir com vcs alguns dados pra mostrar isso. Abaixo vc vai ver então o nome do exame, o valor atual e o valor anterior a cirurgia. Qquer dúvida, pergunte!

                                    ATUAL                 ANTERIOR                             REFERÊNCIA
FERRO                          141                           92 (04/16)                               50 a 170
FERRITINA                  140                           77 (idem)                                 24 a 155
VITAMINA B12          1024                         sem valor anterior                 maior que 300
ÁC. FÓLICO                 >20                            8,8                                      maior que 4,4
GLICOSE                        90                           113                                           75 a 99
HEM. GLICADA           4,9                             5,8                                     a partir de 5,7 - risco diabetes
TRIGLICÉRIDES          99                              162                                    < 150
VLDL COLESTEROL   19                              32                                     < 30

Outro dado óbvio é que eu tinha um cálculo renal de "estimação". Ficava no rim esquerdo e de vez em quando, "dava o ar da graça". No último ultrassom que fiz, ele não apareceu mais. Os exames de urina também não indicaram excesso de cálcios ou cristais. Ufaaaaaaa....

Como vcs já sabem, passei a me exercitar, inclusive participei de 2 corridas de rua (de 5km). Mas meus joelhos, quadril e pés ressentiram a falta de preparo adequado (musculatura muito flácida) e agora, enquanto faço exames e fisioterapia, só posso fazer exercícios de baixo impacto (bike, elíptico ou piscina). Depois conto como ficou essa história.

Outra coisa que estamos avaliando é meu sono. No final de fevereiro, farei uma polissonografia no Instituto do Sono para avaliar hipopnéia (acho que é esse o nome) e "pernas inquietas". Esse último item, apareceu como suspeita na outra polissonografia que fiz e agora, depois de emagrecer, preciso repetir pra confirmar (ou não) e tomar providências, se necessário. Em avaliações não-médicas (aquelas pulseirinhas que medem atividade física, sono e etc), raramente ultrapasso 1h30 de sono profundo, independente de quantas horas fique na cama. Além disso, as vezes acordo com mais de 200 passos dados, sem nem ter saído da cama. Isso parece ser um problema. Já durmo melhor, mas pode ser que ainda tenha que melhorar mais.

Bom, por hoje é só pessoal!

No próximo post, seguirei falando da chegada dos 40.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Os 40 merecem uma biografia!

No dia 26/01, completei 40 anos. Ouvi muitas vezes que havia chegado no meio da vida. É... é uma perspectiva culturalmente positiva, afinal chegar aos 80 anos, ainda não é (estatisticamente) pra todo mundo! (se tiver interesse no assunto, veja expectativa de vida do brasileiro - Portal Brasil.  Mas estatísticas a parte, penso (e tenho provas) que hoje, com 40, estou em melhor condições de saúde para chegar aos 80, do que estava até o ano passado. E a razão é simples: a cirurgia bariátrica alterou minhas condições fisiológicas/médicas de maneira a me deixar mais saudável. Em breve, quero fazer um post mostrando os números disso, mas hoje não! Hoje quero fazer uma biografia breve... bem, talvez não tão breve assim. 🙈😊

Abaixo conto um pouco da minha história, sob minha própria perspectiva (ou seja, podem haver dados que não estejam cronologicamente ou historicamente adequados, mas foi assim que os ouvi/percebi/experimentei...) e tive uma super colaboração da minha mãe! Obrigada, mãe!

Sou a primogênita. Meus pais decidiram "me ter" quando meu pai ainda estava no seminário e minha mãe queria companhia. Durante a gestação, minha mãe ficou muito barriguda e o médico chegou a pensar que eram gêmeos. Mas não: eu era espaçosa mesmo... 😁
Nasci em São José dos Campos/SP. Encaixei" pra nascer mas eu não podia nascer de parto normal por "x" questões médicas. Bom, correram pra cesárea, mas aí veio a parte divertida: acabou a força e tive que nascer a luz de lampião! Nasci com 51cm e 3,330kg (pra época, eu era enorme).
Ganhei parte do nome da minha avó materna "Nelita" para homenageá-la e juntou-se ao Paula (significa "pequena", rs) de um romance que minha mãe havia lido.
Apesar de joseense por nascimento, nunca morei lá. Meus  primeiros dois anos foram em Campinas, no seminário presbiteriano JMC.  Dessa época, não tenho memórias efetivas, somente memórias afetivas: aquelas que lembro porque me contaram e apesar de não tê-las na minha memória, tenho-as no coração. "Lembro" que gostava de correr na direção das pombas numa praça e me divertia quando elas, assustadas, levantavam voo (espero não ser processada por maus tratos aos animais... 😜). Também "lembro" com saudades do Tio Junior, Tia Artunilza, Tio Jerê e do meu melhor amigo da época Samuel (filho do tio Jr e tia Artunilza). "Lembro" dos danones que o vô Zezé e a vó Nelita levavam pra mim 😋😋😋
Nos mudamos pra Cachoeira Paulista quando eu já tinha 2 anos e em maio, nasceu a Paty, minha irmã. Parece que não foi traumática a chegada dela... kkkk.... segundo minha mãe, reagi tranquilamente e até fiquei ansiosa pela sua chegada.
Foi lá que adquiri esse sotaque de "porrrrrteira" que tenho até hoje. Mas não me imporrrrrrto! 😆 Meu pai pastoreava a igreja da cidade e também em Lorena. Em Cachoeira, me lembro com carinho da Rita (se alguém souber o paradeiro dela... 🙏) que dizia que eu seria jogadora de basquete (porque já era grande nessa época), sonho que nutri por muitos anos! Em Lorena, lembro do tio Élcio e da tia Eliziara. Ele era policial rodoviário e eu ficava enlouquecida com a sirene da viatura.🚓
Da casa em Cachoeira, lembro muita coisa: quintal gigante (de uma rua a outra de trás), da vendinha na esquina, da minha vizinha e amiga Flavia e do meu pintinho 🐥 que cuidei como se fosse um bichinho de pelúcia, até ele aparecer morto (fiquei chocada com isso na época).😢
De lá, viemos pra Sampa City. Meu pai veio ser pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana Unida. Meu irmão nasceu, o Junior (também sem traumas e ansiosa com a chegada dele). Lembro com muito carinho e saudades do pastor Denoel e Dona Conchita que muitas vezes me receberam depois da escola. Lá eu me divertia com os gibis do Riquinho e sempre tinha comidinhas gostosas e diferentes.
Aliás, minha primeira escola foi o Mackenzie! Pois é... aos 5 anos, fui pra lá. Como digo aos meus alunos, sou a prova viva de que a frase "uma vez mackenzista, pra sempre mackenzista" é a pura verdade. 😍
Quando completei 8 anos, meu pai foi pastorear a Igreja Presbiteriana de Vila Maria onde permanecemos durante muitos anos. Lá fiz muitos amigos, vivi grandes momentos e aprendi muita coisa. Sei que corro o risco de magoar alguns por não citá-los, mas ainda assim quero registrar alguns nomes por quem tenho grande amor: tio Pedro e família, D. Miriam Gomes e família, tio Jonas (saudades) e família, Daniel Jansen e D. Denise, D. Deise, S. Alonso e família, S. Josué e família, Douglas e família, Rev. Claudio e família, D. Cleusa e família, Diácono Renato Araújo e família... Esses e outros tantos que não caberiam aqui, fazem parte da minha história e representam parte daqueles que permeiam minhas memórias afetivas da infância e adolescência.
Aos 8 anos, fui pra Escola Municipal Derville Alegretti, onde fiquei até terminar o ginásio (atual fundamental II). Me lembro da Renata, do Fabinho e da Profa Regina, com muito carinho e saudades. Depois, voltei pro Mackenzie de novo e de lá não saí mais. No colégio, tive aula com profissionais exemplares, destaco @s querid@s Marilu, Fernanda, Lucila e ítalo (os 2 últimos com quem tenho a honra de trabalhar até hj).
Na faculdade, fiz Psicologia (obrigada Patricia Pazinato, Berenice Carpigiani, Lucila, Waldir, Maria Alice, Walter Lapa - meus mestres e colegas de trabalho, posteriormente). Fiz mestrado em distúrbios do desenvolvimento onde ganhei uma bolsa para passar um período em Salamanca/Espanha. Lá fiz grandes amigas: Lourdes, Yunuen, Carmen, Luz, Ale e Vero.
Trabalhei dedicadamente e apaixonadamente na ABUB (conheça mais em ABUB). Lá, fiz grandes amigos nacionalmente (Soninha, Marthinha, Fabio, Marcelo, Priscila, Aleluia, Sara, Helen, Sean, Daniel Bota, Cris, Marcinha, Gustavo, Fábia, Gabizinha, irmãs Bergária, Sarinha e René, Karen Bomilcar, etc), amigos internacionalmente (na CIEE e na IFES - Ninoska, Emilse, Omar, etc), conheci grande mestres (Ziel Machado, Tais Machado, Ricardo Wesley, Rutinha, Tonica, Daniela Frozi, Alexandre Brasil, Marcos Custódio, José Miranda, Braulio Craveiro, Ruth Silveira, Dr. Douglas, Fred, Jorge Atiencia, Sileda e Valdir Steuernagel, Ariovaldo, etc). Lá também conheci meu melhor amigo, Luciano, meu marido.
Sou mãe do Samuel e do Thiago. Frequento a Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. Sou professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Psicóloga...
Bom, acho que daqui pra frente, a maioria das coisas, vcs já sabem...
Bônus pra vc que leu tudo! 😉



No próximo post, quero continuar falando sobre isso... os 40, chegaram!