sábado, 11 de junho de 2016

Quando decidi operar

Quando decidi operar?

É engraçado responder a essa pergunta porque as coisas não foram tão simples assim, do tipo acordei e "vou operar". Não! O processo foi bem diferente!
Luto contra a obesidade há muito tempo. Na minha percepção, a vida toda! Mas segundo minha mãe, apesar de sempre ter sido uma criança grande, eu não era gorda. Contudo, fui crescendo, engordando e fazia dieta, emagrecia, engordava tudo de novo e mais um pouquinho...
Apesar de gostar muito de esporte, sempre me machuquei muito e consegui até ter uma ruptura muscular fazendo hidroginástica, imaginem!!! Então, fazer exercício para emagrecer, não fazia muito sentido e não funcionava.
Há alguns anos, venho fazendo acompanhamento endocrinológico com a Dra Miriam Carpichio que sempre teve muita paciência com meus deslizes, e sempre me chamava à razão pra tentar emagrecer e ter uma vida mais saudável. Mas a briga era dura! Ela sempre me dizia: "Paula, quando vc quer, vc se dedica e emagrece. Mas depois vc perde o foco." Um dia perguntei se meu caso era cirúrgico (há anos atrás) e ela respondeu que não porque eu ainda não tinha IMC pra isso e nem as comorbidades. Lembro de ter dito que só faria essa escolha quando não tivesse mais opção.
Bom, fui a uma consulta em dezembro/15 e saí de lá arrasada, chorando muito. Tinha engordado 10kg em pouco menos de 2 meses e tinha batido pela 2a vez o peso mais alto. Ela olhou pra mim calmamente e disse: "seu corpo perdeu o limite de peso. Hoje está tudo razoavelmente controlado, mas há qualquer momento, podemos perder o controle. É muito arriscado permanecer assim, com a sua idade."
Eu estava com 38 anos e já tinha os meninos. Fiquei arrasada mesmo! Fui pra casa da minha mãe e só chorava. Expliquei a ela minha frustração, falei sobre o esforço que fazia pra perder 2kg e num piscar de olhos, ganhava 10kg... ela calmamente me ouviu, me acolheu! Daí meu pai chegou e voltei a chorar e contei tudo pra ele.
Ele me falou que na igreja dele tinha um médico que trabalhava com isso, o Dr Fabio Gianoni. Bom, pedi ao meu pai que falasse com ele para que eu pudesse ao menos tirar as dúvidas. Ainda não queria operar, apesar de já estar entendendo que não tinha muito opção.
Dr Fabio, gentil como é, rapidamente se dispôs a me atender e conversar comigo. Fui lá no consultório da clínica que ele trabalha (Clínica Franco e Rizzi), em fevereiro, logo depois do Carnaval de 2016. Ele é da equipe do Dr. Rizzi. Muito bem, conversamos, ele me explicou tudo, tirou minhas dúvidas e no final, ele me disse pra pensar. Eu disse que só operaria quando de fato, estivesse correndo risco de vida. Ele olhou pra mim e disse "então, acho que vc corre mais risco assim do jeito que vc está do que se operar". Em segundos, eu estava decidida a operar!
Segui os protocolos exigidos, sendo acompanhada pela psicóloga Rosália e pela nutricionista Dyandra. Também participei de uma das reuniões mensais com o Luciano e foi muito esclarecedor e tranquilizador.
No pré-operatório, fiz todos os exames e comecei a dieta que ia sendo reduzida conforme a data da cirurgia se aproximava, culminando em 2 dias de dieta líquida antes da cirurgia. Nesse período, perdi 8kg. Ouvi muitas vezes a frase "já que vc está emagrecendo, porque vai operar?" As pessoas certamente não fizeram por mal, mas também não entendiam a complexidade do processo.
Marcamos a data: 02/maio! Super rápido, pra surpresa de todos! Eu dizia: "se é pra fazer, vamos fazer rápido". Além da pré-diabetes, cálculos renais, pressão normal (possivelmente controlada por um diurético que tomava pros rins) e colesterol, eu era (sou...menos, mas ainda sou) ansiosa. A endoscopia também indicou esofagite erosiva leve. Enfim, comorbidades várias e IMC acima de 43!
Alguns dias antes, chega um e-mail da clínica avisando que teriam que cancelar a cirurgia por problemas com o convênio. Quase morri... de raiva, de decepção, de chorar... cheguei a ter dúvidas se devia mesmo operar, porque parecia que tudo dava errado. Mas meu pastor Sérgio Lima me disse "quem disse que quando é vontade de Deus, tudo precisa caminhar sem entraves?". Entendi que seria difícil mas que era aquilo que eu tinha que fazer!
Enfim, passei por perícia do convênio, que é super cheio de burocracias: autorizou a cirurgia, mas não tinha autorizado a compra dos materiais, depois demoraram pra informar em qual hospital poderia fazer... enfim, uma tortura essa espera. Enfim, autorizaram, mas ainda tive que pagar uns 60% dos honorários. :/
Enfim, marcamos: dia 17/05 (terça-feira). Mesmo assim, só tive a confirmação total na segunda-feira.
E como foi a cirurgia? Bom, essa fica pra próxima postagem.
:*

8 comentários:

  1. Bom acompanhar o processo de decisão Paula! Aguardo próximos capítulos haha

    Fica na paz!

    ResponderExcluir
  2. Melhor parte: ruptura muscular fazendo hidro! Kkkkkk essa eu nunca vou esquecer! Vou acompanhar sempre prof. Beijoss boa recuperacao!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vc ri???? Foi um perrengue q vc nem imagina!
      Divulga o link pro pessoal da sala Bia, pfv.

      Excluir
  3. Oi minha linda, orando sempre por você! Decisão bem acertada.

    ResponderExcluir